Silo, de Hugh Howey

domingo, 31 de agosto de 2014 0 comentários


Título: Silo
Série/Coleção:  Wool (no original)
ISBN: 9788580574739
Autor: Hugh Howey
Tradutor: Edmundo Barreiros
Ano de lançamento: 2014
Editora: Intrínseca
Páginas: 512
Tempo de Leitura: 6,1h
Classificação: 


A obra, apesar de ser classificada no site da editora - provavelmente de maneira errônea - enquanto não-ficção, é uma. Não falarei de maneira geral pois isto é função da sinopse. Vou, então, à obra:

"- Querida, você precisa falar comigo" (p. 31).

Esta frase identifica o detetive Holston implorando informações para sua mulher Allison. E, no que me concerne, um pedido para esclarecimento da obra inteira. Digo isto dado aos mistérios que vão aparecendo com o desenrolar do enredo. 
Cada vez mais complexo e inteligente, a trama se desenvolve em um "silo" - que são como contêineres gigantescos que acomodam grãos, servem para transporte ou são transportados - que acomodam pessoas depois de algum (aparente) holocausto (ambiental) em um futuro não datado.
A trama se inicia pelo episódio do detetive Holston em sua saga pelos eventos que culminaram na morte voluntária de sua mulher, Allison.

"E Juliette era a única que ouvia o barulho. Era a única que sabia do problema, mas não sabia em quem podia confiar para ajudá-la a resolvê-lo" (p. 187).

Posterior ao evento com Holston, outro detetive é necessário. Aí entra a aparente protagonista, Juliette - da frase acima. Ela se envereda por segredos, pesquisa e desventuras que revelam os principais mistérios do enredo, mas não o primordial: como tudo isto começou.
Contudo o início é revelado por outro personagem, inicialmente um ajudante do setor de tecnologia e observador de estrelas - quando estas são visíveis pelo sistema de visualização do Silo - chamado Lukas.
Voltando à frase, Juliette é uma das poucas que tem acesso e interesse em desvendar a realidade que lhe cerca, mas só consegue fazê-lo porque há personagens que há muito o fazem: duvidar de seu caráter especial e imaginar que há mais coisas para além do portão da "limpeza".

"O que ele estava fazendo? Podia sentir uma gota de suor brotar em sua testa e escorrer até o queixo" (p. 236).

Quem já acompanha o blog imagina que eu não sou super sentimental. E não o sou realmente. Mas a frase acima se aplica à compreensão da trama: tensa. Há eventos importantes e bem descritos que me fizeram passar alguns segundos tentando imaginar a cena - por isto demorei mais que o normal para terminar a leitura - principalmente as de luta entre personagens e grupos.

Há detalhes que não mencionei aqui para não tornar óbvio o desenrolar da história, como a questão da Loteria, o controle de natalidade e a famigerada Limpeza. Fica a leitura para uma discussão nos comentários, se assim o desejarem.

Enfim, a editora esta de parabéns pela escolha da série para lançar - é uma trilogia inicialmente auto-publicada pelo Howey. O tamanho da fonte é ótimo, a qualidade do papel e da capa também. Só penso que as inúmeras informações na capa prejudicaram o destaque ao título e ao nome do autor.

Fonte da imagem: Capa Silo (139x208).jpg

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