O Berço dos Super-Humanos, de Arthur C. Clarke

domingo, 8 de junho de 2014 0 comentários

Título: O berço dos super-humanos
Série/Coleção:  (nao se aplica)
ISBN: 8520901964
Autor: Arthur C. Clarke
Tradutor: Pedro Lanari Ribeiro
Ano de lançamento: 1990
Editora: Nova Fronteira (Grupo Ediouro)
Páginas: 374
Tempo de Leitura: 3,2h
Classificação: 


Admito que vinha numa fase de animação com Clarke. A respeito de Fim da Infância e a série Odisséia no Espaço. Contudo, provavelmente, um autor não pode se manter no topo o inteiro. Este livro não é tão surpreendente como os outros, apesar de intrigante.
Vamos ao contexto.

A marinha americana esta testando um míssil e este falha, é perdido e esta sob investigação seu paradeiro. Enquanto isto um estranho fenômeno ocorre com baleias que se comportam de maneira não ordinária, o que chama atenção da mídia personificada na repórter Carol Dawson.
Ao melhor estilo Lois Lane, Carol Dawson é obstinada, inteligente, extremamente sensual e dedicada ao trabalho. Conhece, em sua busca por mais informações sobre o míssil e as baleias, Nick Williams e Jefferson Troy - o primeiro um sujeito que achou um tesouro muito valioso e foi ludibriado por amigos e o segundo um auto-didata em eletrônicos.
A narrativa paralela é a respeito de um agrupamentos de mundos (alienígenas) - divididos entre círculo interno e externo - que investigam, planejam e implementam vidas em diferentes planetas. Aqui fica minha dica para atenção à narração inicial do canto de serpentes gigantes no planeta Cantor, do treinamento delas (das serpentes) em planetas diferentes, da dificuldade - ao final do livro - no manejo da aprendizagem de maneira direta e da necessidade de simulação de "cuidadores" robóticos para ensinar / educar as serpentes para uma aquisição correta do canto e reprodução adequada. 
Digo isto, e pode parecer técnico, mas é a base - imagino eu - para o estudo de raças alienígenas que esta presente também na coleção Odisséia no Espaço e, brevemente, em Fim da Infância. Ou seja, o que acontece neste livro - coleta de espécies e implantação em outros nichos - tem que ser supervisionado e controlado pelos alienígenas. Além de que planetas precisam de vida inteligente, daí a ideia - a ser descoberta pelo leitor - do "berço" nesta trama.
Parece existir uma curiosidade-padrão nos alienígenas de Clarke no desenvolvimento de inteligências superiores sem as limitações conflituosas dos humanos. Como, por exemplo, sentimentos e emoções que não permitem os protagonistas da trama ajudarem imediatamente os alienígenas.
Voltando ao (breve) enredo, há um local no qual as baleias - atenção para o papel delas na primeira vinda dos alienígenas para observação/medição - tem um comportamento protetor de algo. Aí volta o trio Carol, Nick e Jefferson que investigam a possível localização do míssil e descobrem uma nave alienígena defeituosa que passam a ajudar.
Esta nave ainda contem um segredo - os super-humanos - a respeito da própria humanidade que gera um conflito em Nick. Este deverá decidir entre a destruição dos super-humanos ou extinção da espécie humana.
Há partes na trama que o drama é palpável, a complexidade das relações com o passado são determinantes e a sensualidade é super-valorizada. Não parecia Clarke, ou melhor, parecia um autor diferente. Por isto li mais rápido, principalmente as brigas de bar, intrigas em complexos navais-militares. Esta parte pareceu tão inadvertida para a trama científica que passei correndo, mas não sem notar a necessidade para justificação das ações dos sujeitos.
A classificação, então, fica com três estrelas e a recomendação é para quem esta iniciando no mundo da ficção-científica, principalmente no que se apresenta na comunicação extra-terrestre e construção de artefatos espaciais - achei incrível esta pormenorizada explicação, pena que é um trecho ínfimo perto da trama dramática do passado dos personagens.
A capa é simples e não revela nada da trama, a não ser o local da queda da espaço-nave - ou o lugar de repouso das serpentes-gigantes talvez.

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