O Fim da Infância de Arthur C. Clarke

terça-feira, 1 de abril de 2014 0 comentários
Título: O Fim da Infância
Autor: Arthur C. Clarke
Ano de lançamento: 2010
Editora: Aleph
Páginas: 320
Tempo de Leitura: 2,5h
Classificação: 

Continuando com a saga de leitura em ficção-científica dos clássicos relançados da Aleph, agora vem meus apontamentos sobre esta obra curta e reflexiva de Arthur C. Clarke, mesmo autor do post anterior, em um livro muito diferente.
A começar novamente pela capa. Ela mostra parte do enredo que é o segredo das entidades extraterrenas que aparecem na Terra. Uma discreta informação que faz sentido ao ler - principalmente quando se remete à sala na qual um único humano tem contato (verbal) com um Senhor Supremo - mesmo assim apenas verbalmente, sem visualização.
Clarke narra inicialmente maquinações sobre a corrida pela conquista do espaço pelos americanos e russos. Um acontecimento externo à Terra impede a continuidade dos experimentos de propulsão do planeta, de uma vez por todas.
Instala-se uma nova ordem, guiada por sujeitos conhecidos como Senhores Supremos - o que é uma ironia, já que eles tem um papel definido e delineado por ainda outros sujeitos.
A riqueza da narrativa esta em mostra mais especificamente a curiosidade dos personagens, seu apego a propriedades, conceitos e mitos, bem com as relações familiares. O que é um ponto incomum em ficção-científica, como disse no post anterior e sobre Asimov ainda antes. Contudo isto deve ser possível pela ênfase do autor ao papel de um personagem em se libertar das amarras dos senhores [SPOILER/] e, finalmente da Terra, o que pode significar o fim (de uma) da infância em um sentido, que pode ser discordante da proposta do autor [/SPOILER].
A descrição das tecnologias [SPOILER/] usadas no nosso mundo e no original dos Senhores Supremos [ /SPOILER] é muito rica e de dar inveja na descrição de planetas de Asimov.
Não posso enveredar nos sentidos que me ocorreram durante a leitura de qual "infância" há o fim, mas a literal é uma explicação que deve ser a base para a escrita de Clarke.
O livro foi um dos mais rápidos que já li. Com uma escrita simples, sem detalhes específicos que poderiam fazer o leitor voltar para "aparar arestas" este livro pode ser velozmente lido e, consequentemente apreciado.
Sua leitura me levou a pesquisar mais obras do autor, incluindo a continuação da Saga Odisseia no Espaço (2010, 2061 e 3001).
O tom de discreto mistério, devo ainda acrescentar, envolve o leitor, pelo menos a mim foi assim, em uma curiosidade questionadora sobre Senhores Supremos e seus "comandantes".
Por fim, Clarke parece, comparando a 2001: Uma Odisseia no Espaço, abarcado pela ficção-científica, mas sem os detalhista de um projeto de Kubrick. Agora a curiosidade esta nas consequências das ações humanas, não apenas na descrição alienígena e futurista. Prêmio de excelência e simplicidade à escrita do autor.

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