Jogos Vorazes - Livro 3: A Esperança

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014 1 comentários
Adianto que isto não é uma resenha. É um posicionamento sobre a trilogia e o último livro A Esperança, título em português para Mockinjay - título original, de Suzanne Collins, publicado no Brasil pelo selo Rocco Jovens Leitores.

Dito isto posso (finalmente) dizer que a Trilogia é fraca.
O que quero dizer com isto?

1. A culpa é minha, dado que tenho histórico de buscar ficções complexas e surpre-endentes. Contudo não deveria esperar muito de um livro que é classificado no Brasil como - vida Ficha Catalográfica presente no livro - enquanto "Ficção infantojuvenil";


2. Ler a descrição de eventos de Suzanne Collins - autora da trilogia - entre Henry Loevenbruck - autor de A Síndrome de Copérnico - e a releitura de Douglas Adams - autor da série Mochileiro das Galáxias - é sofrível, tendo em vista que não há uma narrativa ambiental suficiente, descrição de feições e não fornece dados suficientes para uma veracidade - ou mais próximo do que se pode esperar disto de uma ficção - dos eventos;


3. Ter lido o estilhaçamento de naves espaciais, de maquinário gravitacional e de costumes "selvagens" - tão presente em Huxley no memorável Admirável Mundo Novo - não me permitiu aproveitar a trilogia, mas me forneceu cabedal para sugerir o que faltou;

4. A leitura prévia de A Morte da Luz - do famoso George R. R. Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo - não permitiu que a inconstância de sentimentos entre Peeta, Katniss e Gale fossem admiráveis ou inesquecíveis. Dirk, Gwen e Jaantony - do livro mencionado acima - formam um triângulo muito melhor descrito e emocionante.

5. O verso do livro apresenta um comentário de Publishers Weekly que irei replicar aqui: "O melhor dos três livros; um romance primorosamente orquestrado e inteligente, recomendado para todos os leitores". Fica a pergunta: Paga-se quanto para comentários honrosos em um meio famoso como este? Vide comentário 4.

6. Quanto à "Guerra" entre Capital e Distritos. Alguém leu algo que indicasse uma guerra além de bombardeios indiretamente descritos, pessoas caindo e cinzas? Caminhar por entre cinzas e tropeçar num crânio indica a calamidade que foi a guerra? Penso que não. Até Kevin J. Anderson em Os Últimos Dias de Krypton - por mais sofrível e tenebroso que seja à mitologia do Superman - descreve um Jor-El e Zod fielmente dedicados ao extermínio e com descrições adequadas de uma guerra - pobre e genial Zor-El.

Enfim, este é minha primeira postagem. Então, fica não apenas a crítica, mas o relato do bom trabalho que o selo Rocco Jovens Leitores esta fazendo ao divulgar a leitura para crianças, adolescentes e jovens adultos que são tão ocupados com tecnologia e frases prontas de autores pseudo-reflexivos - lá eu critiquei novamente!

Fonte da Imagem: https://www.rocco.com.br/capas/A-ESPERANÇA.JPG. Em 14/02/2014.

1 comentários:

  • Vanessa Nilo disse...

    Apesar de ser leitora assídua e gostar muito de sagas esta em questão foi uma que não me atraiu.
    Vi algumas críticas positivas e outras negativas. Ando dando mais créditos às negativas uma vez que, pela sinopse, já não me agradou.

Postar um comentário

 

©Copyright 2011 Vestíbulo dos Mundos | TNB